A grande quantidade de dinheiro envolvida nos bancos e arredores faz com que as agências bancárias sejam alvos visados por quadrilhas. Algumas dicas de segurança podem evitar que o cliente acabe sendo vítima ou reaja de forma que ofereça risco à vida dele. Confira abaixo:
A segurança deve ser pensada desde antes de a pessoa ir ao banco ou caixa eletrônico de acordo com o porta-voz da Polícia Militar de Pernambuco, major Júlio Aragão. "A pessoa deve evitar comentar que vai fazer um saque, principalmente se for de alto valor; essa é uma informação de alta confiança. A pessoa pode acabar sendo vítima de uma abordagem violenta [por ter contado a alguém] e não saber de onde veio", afirma.
Outra dica é em relação às transações feitas por empresas, que devem preferir cheque administrativo ou contas para depositar o salário dos funcionários. "Uma rotina com grandes montantes atrai a atenção de criminosos", diz.
Ao se deslocar para a agência, o cliente deve prestar atenção no local em que vai deixar o carro. "[É melhor parar] em um lugar movimentado, iluminado, com parada permitida, perto de estabelecimentos que tenham grande circulação de pessoas, presença de posto policial, ponto de táxi, que ofereçam sensação de segurança", recomenda. Caso detecte perigo, a pessoa deve acionar a Polícia Militar, através do 190, e a segurança do banco.
A presença de carros fortes para abastecer uma agência ou casa lotérica deve acender o alerta no cidadão. "O bandido quer dinheiro, e o carro forte é um ponto quente; então, se deve redobrar a vigilância, observar as pessoas que se aproximam e manter a distância. Quando puder adiar o que vai fazer, adie", ensina o major Aragão. Em caso de troca de tiros, a estratégia é procurar um local para se abrigar, como superfícies duras ou estabelecimentos.
Dentro da agência bancária, não se deve pedir ou aceitar a ajuda de estranhos; em caso de dúvida, o usuário deve procurar um funcionário do banco. Jamais devem ser passados dados bancários.
A prática de golpes por bandidos, como o uso do "chupa-cabra" - que trava o cartão na máquina de autoatendimento e copia informações - deve ser observada. "Não se deve entregar o cartão a ninguém para evitar uma troca sem que a pessoa perceba. O indicado é acionar um funcionário ou, caso não tenha o contato físico, ligar para o banco, mas não tirar a vista do cartão", afirma.
Os caixas eletrônicos devem ser escolhidos pelo local em que ficam. É importante preferir supermercados de grande circulação, postos de gasolina ou shoppings. As operações devem ser rápidas e deve-se evitar horas tarde da noite. "Idosos, mulheres ou homens que vão fazer saque em dinheiro alto estão em maior risco", detalha o major Júlio Aragão.
Na "saidinha de banco", também comum entre os criminosos, um assaltante seleciona a vítima ainda dentro da agência. Quando a pessoa sai, é abordada, às vezes por motoqueiros, que cometem o crime.
Em assaltos, a orientação da polícia é de que a pessoa não tente proteger o patrimônio. Nos casos de assalto a banco, quando a vítima é coletiva, não se deve fazer movimentos bruscos que possam representar uma ameaça aos bandidos. Tentar esconder objetos pode parecer para o criminoso que a pessoa vai sacar uma arma, segundo o major. "Deve-se fazer de estátua; não tentar negociar, não encarar o bandido, seguir as ordens requisitadas e prestar atenção à cor da pele, à presença de tatuagens, para depois informar à polícia. Jamais reagir e evitar correr", completa.